Link

Visite também meu outros blog: http://lirismoplural.blogspot.com/

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Antagonista

Cada um de nós nesta vida que temos
É em seu próprio filme, o principal artista
Mas em todo enredo que se preze
Existe a desagradável presença do antagonista

Na vida real, este personagem nos afeta
Pois seus sentidos estão sempre apurados
Para sempre apontar e exaltar nossos erros
Cuidado!!! O inimigo está ao lado!

O indivíduo que conosco não simpatiza
Parece sempre ansiar pelo nosso mal
Ele pode estar na figura do nosso chefe, "colega" ou conhecido
Ou até mesmo na de um ente parental

A não-comunhão de idéias
Pode levar ao severo antagonismo
Porém, muitas vezes, a antipatia é gerada
Sem que se conheça o seu gerador motivo

Em nossa material existência
Devemos encarar tudo com naturalidade
Alimentar um ódio sem sentido
Te faz um ser embrutecido desde a tenra idade

Se alguém, com toda força, nos odeia
Não devemos odiá-lo de volta
Pois o ódio é um sentimento deletério
Que aniquila e perturba a paz que nos conforta

Se queres viver em inferno astral
Continua alimentando este lancinante sentimento
Que te proporcionará uma ira crescente
Não te permitindo que te sacie a alma, nenhum alimento

Desprende-te do materialismo
Encara as coisas com uma visão ampliada
Pois se o ódio é apenas unilateral
O sentimento oriundo do teu algoz será para ti uma piada

Melhor ainda, encara o teu potencial carrasco
Como se fosse a tua própria consciência
Pois ele te forçará a estar sempre precavido
Não cometendo erros bárbaros e portando-se com decência

Se ele conseguir o seu cruel intento
Que é o de efetivamente te prejudicar
Junta teus cacos e não revida
Neste momento, só nos resta lamentar

Mas lamentemos não só nossa própria condição
Como vítimas de um algoz assoberbado
Lamentemos a conduta do próprio antagonista
Aparentemente satisfeito pelo mal consumado

Ninguém apresenta paz de espírito
Pelo mal que a alguém faz
Quem se alimenta e sobrevive de ódio
Realmente não vive, certamente jaz

Não sejamos também hipócritas
De permitir ao inimigo facilidades
Se a convivência com ele não é boa
Afasta-te dele com docilidade

E ao afastar-se com dignidade
Evita-se que aconteça um mal maior
Porém, distanciar-se apenas é uma atitude passiva
Deves desejar fortemente que ele tenha uma atitude melhor

Tendo esta firme postura
Evitarás o teu desnecessário auto-retrocesso
Um dia, nesta ou em outra vida, todas as contendas terão sido pueris
E tu e teu desafeto estarão unidos por um ideal de mútuo progresso

Fernando Luiz

Um comentário: