O homem é uma criatura dinâmica
Desde o início dos tempos
Demonstrou ser plenamente capaz
De criar engenhosos inventos
Por se orgulhar de suas próprias invenções
Que o colocam no topo da escala animal
Esquece-se que ele próprio é apenas uma mera criação
De uma grandiosa força espiritual
O curioso disso tudo
É que o homem se crê um gigante
De maneira diretamente proporcional
Ao seu estado como criatura ignorante
Quanto mais cheio de si
Mais o homem se acha superior
Reflexo de apego extremo à matéria
Conduzido por lastimável pobreza interior
É prática comum do homem a auto-exaltação
Sua própria glorificação em prosa e verso
Sua megalomania foi tão grande
Que declarou a Terra como centro do Universo
Quanto mais especial um homem se acha
Mais ele carece de palavras de afeto
Busca ele elogios triviais
Que são superficiais e servem apenas para massageio do ego
De que adianta um ser diferenciado
De um reconhecido e destacado talento
Se os seus próprios olhos estão apenas voltados para si
E só é feliz quando escuta palavras de reconhecimento?
Esse gênio orgulhoso, exaltado e aclamado por todos
É um potencial torrencialmente desperdiçado
Ninguém evolui à base de egoísmo
Pois só progredimos quando ajudamos quem está ao lado
Portanto, crê em minhas palavras
Quando falo que a humildade é o padrão
Que te leva a real felicidade
Minha, sua e de todos os nossos irmãos
Humilde, considera-te um pequeno grão de pó
Que compõe toda a massa deste imenso planeta
E te preenche de uma insofismável certeza
Que a vida material é uma constante peleja
E só unidos conseguiremos enxergar na vida a real beleza
Porque ninguém consegue ser feliz só
Fernando Luiz
Ainda bem que ele fala o Homem e não a Mulher...
ResponderExcluirrs
brincadeiras a parte a verdade é bem essa:
homem, tão cheio de ostentação
e tão carente de afeto.
belo texto fernando!