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terça-feira, 27 de julho de 2010

Grão de Pó

O homem é uma criatura dinâmica
Desde o início dos tempos
Demonstrou ser plenamente capaz
De criar engenhosos inventos

Por se orgulhar de suas próprias invenções
Que o colocam no topo da escala animal
Esquece-se que ele próprio é apenas uma mera criação
De uma grandiosa força espiritual

O curioso disso tudo
É que o homem se crê um gigante
De maneira diretamente proporcional
Ao seu estado como criatura ignorante

Quanto mais cheio de si
Mais o homem se acha superior
Reflexo de apego extremo à matéria
Conduzido por lastimável pobreza interior

É prática comum do homem a auto-exaltação
Sua própria glorificação em prosa e verso
Sua megalomania foi tão grande
Que declarou a Terra como centro do Universo

Quanto mais especial um homem se acha
Mais ele carece de palavras de afeto
Busca ele elogios triviais
Que são superficiais e servem apenas para massageio do ego

De que adianta um ser diferenciado
De um reconhecido e destacado talento
Se os seus próprios olhos estão apenas voltados para si
E só é feliz quando escuta palavras de reconhecimento?

Esse gênio orgulhoso, exaltado e aclamado por todos
É um potencial torrencialmente desperdiçado
Ninguém evolui à base de egoísmo
Pois só progredimos quando ajudamos quem está ao lado

Portanto, crê em minhas palavras
Quando falo que a humildade é o padrão
Que te leva a real felicidade
Minha, sua e de todos os nossos irmãos

Humilde, considera-te um pequeno grão de pó
Que compõe toda a massa deste imenso planeta
E te preenche de uma insofismável certeza
Que a vida material é uma constante peleja
E só unidos conseguiremos enxergar na vida a real beleza
Porque ninguém consegue ser feliz só

Fernando Luiz

Um comentário:

  1. Ainda bem que ele fala o Homem e não a Mulher...
    rs

    brincadeiras a parte a verdade é bem essa:

    homem, tão cheio de ostentação
    e tão carente de afeto.


    belo texto fernando!

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